(imagem:Internet)
O Rio é uma cidade única e de todos os seus bairros, nenhum é como Santa Teresa. As ladeiras de Santa, apelido carinhoso dado por nós cariocas, conduzem o visitante a um mundo totalmente especial. É um dos bairros mais antigos do Rio e, graças a um tombamento ocorrido na década de 70, predominam por lá as construções antigas e prédios baixos. Conhecido como o bairro do nosso querido bondinho, Santa Teresa tem muito a oferecer ao visitante.
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Santa é um território livre para qualquer tribo, o bairro mais alternativo do Rio de Janeiro. Há décadas, passou a abrigar muitos artistas e, de uns anos para cá, vem sendo povoado por estrangeiros, sobretudo os de origem francesa. Talvez por isso, as ruas do bairro congregam os mais variados tipos. É interessante caminhar por lá e notar as vestimentas e os exóticos cortes de cabelo. Em seus bares, executivos disputam o mesmo espaço com hipsters e rastafáris. Homens podem usar saia e mulheres terno. Se há um lugar no Rio em que se pode ser livre, acredite, este lugar é Santa.
Tipico morador de Santa Teresa- Eu mesmo!! (imagem: O Autor)
Dica: tire do armário a boina de seu avô ou a echarpe da sua avó e vá curtir o clima de Santa. Cuidado: alguns visitantes decidem nunca mais voltar e ficam por lá mesmo.
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A vida cultural do bairro é intensa. Não é incomum o visitante ser surpreendido por um bloco na rua mesmo que se esteja bem distante do carnaval. Há muitos sambas, festas e saraus. O mercado das pulgas – sim, em Santa há um – promove aos sábados um samba da melhor qualidade. Vale a pena conferir. Se estiver no Rio durante o inverno e se tiver muita, mas muita sorte, poderá presenciar o “Santa Teresa de Portas Abertas”, um interessante evento em que os artistas de Santa abrem seus ateliês ao público e muitas festas e apresentações acontecem ao ar livre. Neste festival, pode-se ouvir um jazz no Largo dos Guimarães, um coco no Largo das Neves e cair na folia em um verdadeiro bloco de carnaval no Largo do Curvelo.
Curiosamente, durante a semana, Santa mostra uma face extremamente bucólica. Situado em uma colina bem no centro da cidade, o que lhe valeu o carinhoso apelido de Monmartre carioca, Santa Teresa é beneficiada por um certo isolamento que lhe dá um charme todo especial. O bairro é um cantinho do Rio de Janeiro, pode-se passar a vida inteira sem conhecê-lo, mas sua vida não terá a mesma graça. Em Santa, o tempo passa mais devagar. As pessoas se cumprimentam na rua e os vizinhos são, em sua maioria, todos conhecidos.
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A sua posição geográfica presenteia o visitante com vistas deslumbrantes. Entre uma casa e outra, pode-se ter uma vista incrível do Pão de açúcar ou uma visão do Cristo tão de pertinho que dificilmente suas orações não serão ouvidas.
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Não bastasse tudo isso, Santa possui, ainda, um excelente pólo gastronômico. Há vários bares e restaurantes. Nós moradores falamos que, em Santa Teresa, é mais fácil comprar uma cerveja do que um pão francês. Alguns, muito conhecidos, como o Bar do Mineiro e outros mais frequentados pelos locais, como o Bar do Serginho ou o Bar do Gomes. Se você quer frutos do mar não perca o excelente Sobrenatural. A pizza de berinjela do Goyabeira é incrível. Mas se estiver com grana e quiser impressionar o(a) namorado(a), não perca o Aprazível, com sua comida sofisticada e deslumbrante vista. Em Santa caminhe a pé e, mais do que se preocupar com pontos turísticos, aproveite a sua “vibe”. Seja inspirado por ela. A melhor maneira de se conhecer Santa é se misturar aos locais e compartilhar com eles esse universo único. Esse é o relato de um carioca apaixonado por Santa. Gostou? Falei besteira? Escreve aqui embaixo! ;-)
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